Alguns estudos sobre dízimo
A intenção desta postagem é sobre estes estudos que
encontrei e seria interessante que fossem estudados por vocês que acessam o
blog. Assim, àqueles que tiverem um outro pensamento, gostaria que publicasse
um comentário com a sua opinião. Bons estudos.
Qual parte da Bíblia está escrita que é um dever cristão dar
o dízimo?
- Isso não está na Bíblia, não somos obrigados a dar o
dízimo em nosso tempo, porque dízimo não é mais uma LEI no tempo cristão, essa
era a lei no tempo dos israelitas
- Hebreus 7:5
- Esta ordem de tomar os dízimos do povo foi dado aos filhos
de Levi segundo a lei e eles tomam os dízimos dos irmãos deles, não tomavam os
dízimos dos estrangeiros
- Na verdade, eles davam parte dos dízimos para sustentar os
estrangeiros
- Deuteronômio 26:12
- O dízimo foi intencionado para os levitas (que são os
sacerdotes), também aos estrangeiros, aos órfãos e as viúvas, ou seja, para
àqueles que não tinham renda
- Na vinda do Senhor Jesus, esta lei é mudada
- Hebreus 7:12 – e qual é a mudança?
- II Coríntios 9:7 – deve vir do coração e ser voluntário
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- Dízimo é requisito para cargo na igreja?
- I Timóteo 3:2-13 – tem algum requisito sobre dízimo?
- Assim como uma viúva para ser aceita no orfanato da igreja
- I Timóteo 5:16
- Quem são as verdadeiramente viúvas?
- I Timóteo 5:9-10
- Ela tem que ser dizimista? Não.
- O dízimo é uma “forma de pagamento” porque tem preço fixo
(10%), já a contribuição informada em II Coríntios 9:7 é contribuição
- II Coríntios 8:1-3
- O que é praticado pelos cristãos nos primórdios era dar
voluntariamente, segundo o que eles propuseram nos seus corações
- O dízimo é para os israelitas e aqueles que iriam coletar
os dízimos eram os sacerdotes levitas conforme Hebreus 7:5. Depois que o
sacerdócio levítico foi mudado, as leis que vão com ele também foram mudados de
acordo com Hebreus 7:12.
- Se a lei do sacerdócio levítico era coletar os dízimos,
esta lei foi mudada e a mudança está em Cristo. E a lei de Cristo é que cada um
contribua voluntariamente.
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- Deuteronômio 12:5-6
- Existia um lugar onde o nome de Deus estava
- Mandamento aos israelitas
- Números 18:26 – era queimado o dízimo dos dízimos
- O dízimo pode ser maior que 10%?
- Deuteronômio 12:32 – se é 10%, que seja 10%, MAS lembrando
que é PARA OS ISRAELITAS
- Hebreus 7:5 – os filhos de Levi que receberam o sacerdócio
- Hebreus 7:12 – a lei mudou, a lei dos 10% não vigora mais
- II Coríntios 9:7 – não tem quantia
- E quando Jesus falou sobre o dízimo?
- Mateus 23:23
- Jesus CRITICA os escribas e fariseus pois esquecem o mais
importante (fé, misericórdia, justiça), pagam 10% mas não praticam a justiça, o
mandamento não foi dado por Jesus, a lei como um todo deveria ser obedecida.
Tem algum mandamento que começa com “Ai de vós”?
- Jesus veio para um novo concerto, novos mandamentos
- Atos 1:2
- Jesus deu seus mandamentos aos apóstolos através do
Espírito Santo
- Ofertas são bem-vindas, que venham do coração e não 10%
- Se der 20%, está correto? É maligno dar 20%? E 50%?
- Deuteronômio 12:32 – Deus é exato
- Hebreus 8:13
- A lei foi ABOLIDA quando Cristo estava na Cruz
- Efesios 2:11-16
- Hebreus 3:1-3
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É CORRETO PAGAR O DIZIMO NA NOVA ALIANÇA?
Fonte: http://perguntas.gospelprime.com.br/e-correto-pagar-o-dizimo-na-nova-alianca/
Devemos ainda que de forma breve, ter uma noção a respeito
de Lei. O dízimo que hoje se segue e se aplica na maioria das igrejas
institucionais chamadas evangélicas é uma lei veterotestamentária, porque faz
parte dos mandamentos dados por Deus a Moisés. Sendo assim “uma lei”, deve ser
entendida a sua aplicabilidade.
Pelo conceito de lei, antes de nos submeter a qualquer que
seja o ordenamento, devemos conhecer a sua eficácia no tempo e espaço, ou seja,
para qual lugar ou região ela foi destinada, qual o tempo de sua permanência e
quais as pessoas que são atingidas por tais leis. Não podemos seguir uma lei
somente porque esteja parecendo que todo mundo a está seguindo! Toda lei traz
em sua redação a população que seus ordenamentos atingem, os lugares abrangidos
e o tempo de sua aplicação.
Definidos todos estes requisitos, só nos resta atentar para
as interpretações de seus parágrafos ou itens. Se tivermos certeza de que uma
lei nos atinge em um dos itens acima, teremos de segui-la somente até onde sua
redação nos obriga, sem inventar ou ir às interpretações, induções e persuasões
de pessoas que não têm, segunda essa lei, capacidade para isso, caso contrário,
estaremos perdendo tempo, dinheiro e muitas coisas mais.
O dízimo praticado com as instruções de Deus no Monte Sinai,
é bastante diferente da que se aplica hoje! Toda lei deveria ser obedecida,
observando a sua redação, senão não teria validade alguma. Não cumpriria o seu
verdadeiro “espírito”, ou intenção de quem a redigiu (ditou).
Ainda há pessoas que teimam em “repristinar” (termo jurídico
designado para aproveitar lei que foi revogada, ou seja, cancelada, abolida, e
assim tentam fazer volver ao antigo, que se usava outrora) os mandamentos
dirigidos aos israelitas e tomar para si, lei que nada lhes diz respeito. Se,
sou brasileiro e tenho a constituição Inglesa às mãos, sem ter quaisquer
relações com aquele país, não preciso me preocupar em viver de acordo com
aquela constituição, e sim, tenho que obedecer à constituição de meu país. Se,
estou a dirigir no trânsito por qualquer rua do Brasil, e cometo uma infração,
o guarda de trânsito não pode me punir com uma lei de trânsito da Inglaterra.
Em qualquer Constituição, toda e qualquer lei deve ser
executada pelas autoridades nela especificadas. Isso se chama competência de
autoridade ou sujeito ativo de direito. Também, deve prever as pessoas
alcançadas pela tal lei; sujeito passivo de direito. No caso dos dízimos, não
foge a essa regra: Hebreus 7.5: “E os que dentre os filhos de Levi recebem o
sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus
irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abrãao”.
Ainda que alguém do Brasil resolva dar dez por cento de
“qualquer coisa de valor material”, não seria dízimo, pois este já não existe e
teria que ser da produção agropecuária. E se existisse esse alguém, teria de
ser judeu; porque somente os judeus tinham esse dever. Ainda, se a lei
estivesse em vigor e algum judeu resolvesse cumpri-la hoje, com os seus
“dízimos”, teria de achar um levita para tomá-los, mas se estes já não existem,
já não teriam a lei para ampará-los.
Ainda que a velha lei estivesse em vigor em Israel, outros
povos que não os judeus, não teriam a obrigação de cumpri-la, dentro e fora
daquele Estado. Foi feita para aquele povo específico, para o atender em um
determinado tempo, num determinado lugar. No Direito, isso se chama eficácia da
lei no tempo e no espaço. Os dízimos pregados hoje não têm nenhuma correlação
com o dízimo bíblico.
E O DÍZIMO QUE FOI DADO A MELQUISEDEQUE?
No Novo Testamento não encontramos, mais ninguém falando
acerca dos dízimos, exceto o autor de Hebreus, lembrando de Abraão (Hebreus
7.1-10). Vamos comentar um pouco sobre estas passagens e assim tirar informações
sobre a validade da lei do dízimo para os cristãos.
No verso 8, "recebem dízimos homens que morrem",
estes são os levitas (versos 5 e 9), e não os pastores, no período da graça,
como alguns afirmam.
Hebreus 7.5: “E os que dentre os filhos de Levi recebem o
sacerdócio, têm ordem, segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de
seus irmãos, ainda que estes também tenham saído dos lombos de Abraão.”
Que lei do dízimo é essa citada em Hebreus 7:5? É a lei de
Moisés, lei que obrigava o israelita a levar os dízimos para os levitas.
Segundo esta lei, conforme explicado no verso 5, algumas pessoas da tribo de
Levi (levitas), legalmente, tinham o direito de “tomar” os dízimos do povo.
Isso era lei! Lei completamente vinculada ao ministério sacerdotal dos levitas.
Essa ordem se estendia somente ao povo judeu (seus irmãos). Quem tinha ordem
segundo a lei, de tomar os dízimos? Os levitas. Quem devia dar os dízimos? Os
judeus, seus irmãos.
Hebreus 7:1-10: “1 Porque este Melquisedeque, que era rei de
Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele
regressava da matança dos reis, e o abençoou; 2 A quem também Abraão deu o
dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois
também rei de Salém, que é rei de paz; 3 Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não
tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de
Deus, permanece sacerdote para sempre. 4 Considerai, pois, quão grande era
este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. 5 E os que
dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de
tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos
lombos de Abraão. 6 Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou
dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas. 7 Ora, sem contradição
alguma, o menor é abençoado pelo maior. 8 E aqui certamente tomam dízimos
homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. 9 E, por
assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos.
10 Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai quando Melquisedeque lhe saiu
ao encontro.”
Nesta longa passagem, o objetivo do autor é mostrar a
superioridade do sacerdócio de Cristo sobre o sacerdócio levítico e, portanto,
exortar seus leitores para não retornarem às suas formas judaicas de adorar,
repletas com seus sacerdócio, Templo e sacrifícios. O autor menciona o relato
de Abraão pagando dízimos a Melquisedeque, [somente para o autor] mostrar que,
desde que Levi estava nos lombos do patriarca Abraão, na realidade Levi pagou
dízimos a Melquisedeque e foi abençoado por ele. Uma vez que é óbvio que o
menor é sempre abençoado pelo maior, Melquisedeque e seu sacerdócio são maiores
que os levitas e o sacerdócio deles.
Aqui, o autor de Hebreus não está mais que reafirmando o
fato que Abraão pagou dízimos a Melquisedeque, um fato que já temos analisado
[acima]. Esta passagem não está exortando os crentes [neo testamentários] a
darem [o dízimo] como Abraão o fez [mesmo que só do despojo de guerra e só uma
vez na vida]. Ao contrário, está instruindo os crentes a perceberem a
excelência de Cristo, o qual ministra como um sacerdote muitíssimo superior aos
levitas. Portanto, esta passagem não pode ser usada para forçar o dízimo sobre
os cristãos. Simplesmente, ela não foi escrita para tratar deste assunto. Ela
não tem nada a ver com cristãos dadivando das suas rendas para Deus e sua obra,
mas, ao contrário, tem tudo a ver com a superioridade de Cristo.
Hebreus 7:11: “De sorte que, se a perfeição fosse pelo
sacerdócio levítico (pois sob este o povo recebeu a lei), que necessidade havia
ainda de que outro sacerdote (Cristo) se levantasse, segundo a ordem de
Melquisedeque, (ordem dos jebuseus?) e que não fosse contado segundo a ordem de
Arão?”
Hebreus 7:12 “Porque, mudando-se o sacerdócio,
necessariamente se faz também mudança da lei .”
Pois, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também
mudança da lei. Para mim, esse versículo é um divisor de águas! Quem o lê de
maneira isenta, não terá nenhuma dificuldade em viver e aceitar somente o
sacerdócio de Cristo.
Esta é a terceira vez que a palavra “lei” aparece neste
capítulo 7. O verso claramente está se referindo às leis relacionadas ao
sacerdócio levítico e isto obviamente inclui a lei do dízimo citada nos versos
5 e 11, lei que ordenava a entrega do dízimo aos levitas. Estas leis são
mudadas no momento em que Cristo morre, ressuscita e torna-se sumo-sacerdote
segundo a ordem de Melquisedeque.
Hebreus 8:13: “Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira.
Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar.”
Hebreus 7.11-12 e 8.13 provam que o sacerdócio Arônico caiu.
Houve mudança (troca) de sacerdócio. Cada sacerdócio traz a sua própria lei. Um
sacerdócio não emprega lei de outro sacerdócio. Por que houve a mudança da lei?
Porque se mudou o sacerdócio. Por que Jesus veio de uma tribo totalmente
diferente da dos levitas, sem nenhuma vocação religiosa? Justamente para
instituir um sacerdócio bem diferente do deles, que não deu certo.
Se alguns ainda têm dúvidas sobre a anulação desta lei,
basta continuar a leitura do capítulo.
Hebreus 7.18: “Pois, com efeito, o mandamento anterior (a
constituição do sacerdócio de Arão, levítico), é ab-rogado (termo jurídico que
se emprega à lei que foi anulada por completo), por causa da sua fraqueza e
inutilidade.”
Ab-rogar, juridicamente, quer dizer: anular uma lei por
completo. Não se aproveita nada do que foi legalmente “ab-rogado”. Por que o
mandamento anterior foi ab-rogado? Porque era inútil e fraco. Não atendia mais
à utilidade a que foi destinado. Havia chegado a hora da mudança total.
Hebreus 7.19: “(Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e
desta sorte é introduzida uma melhor esperança (o sacerdócio de Cristo), pela
qual nos aproximamos de Deus.”
Hebreus 7.22: De tanto melhor pacto Jesus foi feito fiador.
Gálatas 6.2: “Levai as cargas uns dos outros, e assim
cumprireis a lei de Cristo.”
I Coríntios 9.21: “Para os que estão sem lei, como se
estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de
Cristo), para ganhar os que estão sem lei.”
Toda lei nova é aprimorada em cima de outra obsoleta. Este é
um princípio constitucional universal.
O novo pacto, do sangue derramado (Porque isto é o meu
sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão
dos pecados Mateus 26.28), foi a libertação de tudo que se referia à
suntuosidade e glória do Templo e de seus eclesiásticos sacerdotes. Deus já não
estaria no Templo, mas no íntimo de cada pessoa: Já não haveria sacerdotes no
Templo, porque já não haveria mais Templo; nem pedra sobre pedra dele.
Sacerdotes e templos somos todos nós:
I Coríntios 6.19: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o
templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não
sois de vós mesmos?”
1Pedro 2:5: “Vós também, quais pedras vivas, sois edificados
como casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios
espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo.”
I Pedro 2.9: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio
real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele
que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;”
João 4.21-24: “Mas a hora vem, e agora é, em que os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai
procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o
adoram o adorem em espírito e em verdade.”
Hebreus 7.28: “Porque a lei constitui sumo sacerdotes a
homens (sacerdotes levitas), que têm fraquezas, mas a palavra do juramento, que
veio depois da lei, constitui ao Filho (Cristo), para sempre aperfeiçoado.
Por que se fala tanto em dízimo neste capítulo 7 de Hebreus,
que trata desses dois sacerdócios distintos? Porque é um termo da velha lei que
mais caracterizava aquele sacerdócio. O dízimo existia, por sua causa; para a
sua sustentação e subsistência. Ao levita, não lhe era permitido ter fontes de
rendas; não lhe deram esse “Direito”. Não trabalhava como os das outras tribos
e eram sustentados por elas, através de sua única fonte de subsistência (não
fonte de renda) própria: os dízimos.
O tema principal de Hebreus 7 é a supremacia do novo modelo
sacerdotal. A abolição da lei que obrigava a entrega do dízimo aos levitas é
apenas citada para ilustrar a falência do antigo modelo sacerdotal. A palavra
dízimo é citada sete vezes nos primeiros 9 versos do capítulo. Isso mostra quão
forte foi o argumento do dízimo na defesa da tese principal. Fica claro quando
o modelo levítico é superado e cai por terra, as leis atreladas a ele também
caem por terra.
Quando o dízimo foi instituído na Lei, os levitas ficaram
isentos de pagá-lo, como diz o texto: …Levi que recebe dízimos, pagou-os na
pessoa de Abraão. (Hebreus 7.5-9).
Ficaram isentos porque o dízimo deles foi pago na pessoa de
Abraão a Melquisedeque, que era a figura do sacerdócio eterno de Cristo. Os
sacerdotes levitas foram os únicos autorizados por Deus, aqui na terra, segundo
as Escrituras, a receberem dízimo (II Crônicas 31.5-6) e (II Crônicas 31.12);
(Neemias 10.37) e (Neemias 12.44), não o sistema eclesiástico atual.
O livro aos Hebreus é suficiente para dirimir quaisquer
dúvidas que possam existir, quanto à obrigatoriedade de cumprir e
permissividade de exigir qualquer lei da velha ordenança dentro do sacerdócio
atual, que é o de Cristo.
Nós cristãos membros comuns da igreja, estamos livres em
Cristo vivendo sob o novo concerto. A graça de Jesus nos libertou de velhos
dogmas. Os que adoram a Deus hoje o fazem em espírito e em verdade, cabe a cada
um contribuir de acordo com seu coração, com sua benção, daquilo que teve em
abundancia, para que possa ajudar o próximo carente, para não haver na
congregação o faminto e o necessitado. “Não com tristeza ou por necessidade,
pois Deus ama o que dá com alegria”. (II Cor. 9.7).
E SOBRE AS OFERTAS, SERÁ QUE ELAS SÃO UMA SEMENTE QUE POSSO
PLANTAR, ESPERAR E COLHER COMO O APÓSTOLO PAULO ENSINA?
2 Coríntios 9:6: E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco
também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.
A passagem que você nos remete localizada acima, esta na 2ª
carta aos coríntios, exatamente no capitulo 9, porém é importante conhecer o
pano de fundo por trás da passagem em questão!
Na segunda carta aos coríntios, no cap. 8 Paulo expõem a
prontidão dos macedônios em ajudar os necessitados de Jerusalém, e isso sem
serem COAGIDOS, pelo contrário, deram além dos limites de seus recursos, pois o
Ap. Paulo ou alguém deve ter até “reprovado” que dessem demais ou até que
ajudassem sem condições, mais eles imploraram na participação da oferta. Vemos
neste exemplo que ao implorarem em participar, eles fizeram isto com disposição
voluntária e prazer. Paulo exalta os corintos em varias virtudes, e os
impulsiona a participarem também desta coleta, pois eles já tinham pensado em
ajudar, porém ainda não tinham o realizado na pratica, somente o tinham
desejado. Paulo os exorta a concluir na pratica o desejo e deixa claro que não
esta DANDO ORDENS EXPRESSAS, eles deviam ofertar conforme as suas posses.
No capitulo 9 o apostolo Paulo continua e avisa aos corintos
que estará enviando uma “comissão” de irmãos para “checarem” se a oferta que
ele espera para os pobres de Jerusalém estará pronta a tempo, pois no verso 24
do cap.8 Paulo pede que eles mostrem perante as igrejas a prova do amor e o
motivo do orgulho que ele (Paulo) tem deles! Assim ele no cap.9 verso 2
continua e expõem novamente que se orgulha deles diante dos Macedônios, e por
isso manda esta comissão para que chequem tudo para que ele (Paulo) e os
próprios corintos não sejam envergonhados, pois Paulo poderá levar alguns
Macedônios com ele.
Porém Paulo avisa que não esta fazendo isso para
pressioná-los, pois quer um espírito voluntario e não quer que ninguém se sinta
extorquido a dar!!! Ai sim vem o verso por você citado, sobre plantar pouco ou
muito, e como conseqüência, colher pouco ou muito.
Esta passagem é perigosa, pois pode despertar em muitos um
espírito ganancioso, despertando sentimentos nada corretos diante de Deus, pois
o objetivo de se colher mais não pode ser o ganhar mais para esbanjar,
acumular, isto fica claro na continuação do texto, no verso 8 e no verso 11:
Paulo fala no verso 8, que tendo sempre o suficiente em tudo, transbordaremos
em toda boa obra, já no verso 11, ele fala, que em tudo seremos enriquecidos
para que possamos ser sempre generosos, ou seja, o objetivo é ter mais para DAR
mais, e não acumular mais!
Isso tudo para glorificar a Deus, no verso 13 do mesmo cap.
9 da 2ª carta aos corintios Paulo fala sobre isso!
Nesta mesma carta Paulo fala no cap. 8 verso 12 até o 15 que
devemos dar conforme as nossas posses permitem, segundo o que temos e não o que
não temos, hoje vemos muitos DESCARADOS PSEUDO-PASTORES GULOSOS incentivando
até empréstimos e o uso do cartão de crédito para se ofertar!!! Paulo pede a
igualdade, pois hoje podemos ter muito e ajudar o que tem pouco, amanhã poderá
ser ao contrário, nós com pouco sendo ajudados pelos mesmos irmãos que outrora
estavam em dificuldades e foram por nós ajudados!!!
NO VERSO 15 está a base da resposta principal PARA OS QUE
QUEREM COLHER PARA ACUMULAR E ESBANJAR:
2 COR. 8.15: Ao que muito colheu, nada sobrou; e ao que
pouco colheu, nada faltou.
Você planta bastante, colherá bastante, mais isso tudo para
ter mais recursos para ajudar, este é o principio por trás da passagem que
muitos se negam a ver, pois se colhi bastante e não sobrou, não é por causa do
devorador, mais sim pelo amor em compartilhar com os irmãos carentes, já que
eles não colheram quase nada, mais não tiveram falta, pois foram ajudados.
(Porém, que fique claro que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também –
2 Tessalonicenses 3.10)
Creio que por causa do amor de Deus, de seu Espírito, e por
sermos nascidos Dele, somos impulsionados a ajudar, e se temos condições para
fazê-lo com um valor 3x e o fazemos com só 1x, e sentindo que devíamos dar
mais, estamos sim dando margens a algum tipo de erro. Por que algum tipo?? Não
me convém julgar, pois cada um sabe da sua vida, das suas responsabilidades e
compromissos, isto é algo interior (coração), cada uma saberá se deixou de
fazer o que deveria ou não!
A maldição de Malaquias era uma questão de que faltaria
chuva para as plantações, e que diversas pragas e problemas as atacariam , e
isto tudo ocasionado pela desobediência a lei, porém hoje é uma questão de
amor, que nos leva a sentir preocupação para com o próximo, preocupação com a
carência humana, diferente de estar preocupado em ser atingido pelo devorador e
levar prejuízo pessoal em questões de ordem patrimonial, pois a igreja é
formada pelas pessoas e não por tijolos que formam um local de reunião!
O amor que nos motiva a ajudar não busca interesses (1 Cor.
13.5), diferente da pregação malaquiana, que motiva o dar para ter mais e mais
e preservar o que se tem! É UMA QUESTÃO DE SER OU NÃO NASCIDO DE DEUS, ISTO
IMPLICA SIM EM SALVAÇÃO, É UMA QUESTÃO DE DEVOÇÃO AO SENHOR, pois os avarentos
entrarão no reino de Deus??? Quem tem os bens e dinheiro como SENHOR, entrará
no reino de Deus???
Jesus nos ensina a vivermos na sua total dependência, não
estando apreensivos pela nossa vida, sobre o que comeremos e o que vestiremos,
quanto mais aos demais coisas!!! Isso tudo implica em generosidade no ofertar,
tenho que concordar, mais NÃO para sustentar sistemas fraudulentos que usam o
nome de Deus para isso, e sim para ajudar aos irmãos em dificuldades
econômicas, podendo sim, se encaixar nesta situação, um pastor, um missionário
etc…
Quando se estabelece uma igreja denominacional, é claro que
existira compromissos que deverão ser honrados (luz, água, IPTU, aluguel e
etc…). Deve existir muita sabedoria ao expor estas necessidades aos irmãos que
fazem parte da igreja local para que não escandalizemos os novos. Eu não vejo
quase ninguém se preocupando com isso, dá-lhe PEDIR E PEDIR.
Paulo expôs esta preocupação na 1ª Carta aos Coríntios, no
capitulo 9, onde fala que sabe que tem direito de colher coisas materiais, mais
não faz uso deste direito, mesmo passando todo tipo de dificuldades por isso,
tudo com o fim de não atrapalhar o avanço do evangelho, pois poderia
escandalizar os novos.
Paulo não exige que todos façam como ele, mais para um bom
entendedor que queira fazer uso deste direito, o mesmo devera se portar com
humildade e sabedoria, procurando ao máximo expor esta sua necessidade aos
maduros na fé, e estes, por já serem maduros, com certeza saberão que devem
obedecer ao principio que Paulo ensina, que, aos que anunciam ao evangelho, que
vivam do evangelho, porém, eu acrescentaria, a palavra INTEGRALMENTE, pois
vivemos em outra época, em diferentes condições e sistemas!
No Antigo Testamento o dízimo além de ajudar os sacerdotes
levíticos e sustentar o Templo, era também uma lei com âmbito social, pois era
direcionada também para ajudar os pobres (viúvas, órfãos e estrangeiros), o
dízimo também era meio que uma taxa de aluguel pela terra, porém sabemos que
tudo que temos e o que somos é de propriedade de Deus, é uma questão como disse
e repito, de consciência das necessidades gerais, devemos ser motivados a
contribuir por amor e gratidão, Deus pode nos fazer até abençoados
financeiramente, não para nos sentirmos confortáveis, mais para que sejamos
generosos no partilhar.
Paulo fala: Não digo isso como quem manda, mas para provar,
pela diligência dos outros, a sinceridade da vossa caridade.
É assim que a maioria age hoje??? Acho que não! Quando
existe percentual ou estipulação logo existe ordenança, por mais que Paulo
ensine aos corintos que eles devem agradar a Deus, deixa claro que a ação em
ajudar deve ser uma expressão genuína de amor, com sinceridade de coração, e
NUNCA, uma obrigação!!!
Quem dá procurando acumular créditos com Deus também deve
repensar se isto é correto, a única forma correta que vejo é a compulsão do
amor, assim como Deus nos amou dando seu filho!
O que é usado é: VOCÊ DEVE FAZER, VOCÊ DEVE CONTRIBUIR!!!
Não seria melhor expor melhor a palavra de Deus aos ouvintes, com maior
profundidade?? Mostrando que eles tem a OPORTUNIDADE de ajudar! Existindo um
percentual estipulado até mesmo quem daria mais que 10% pode ser influenciado a
dar menos!
Alguns irmãos não se sentem a vontade em aceitar a liberdade
que temos em Cristo, até mesmo na hora de contribuir! Infelizmente é por que
muitas igrejas não tem sucesso ao ensinar esta liberdade, pois muitos fazem uso
dela para darem vazão a avareza, o que gera desconcertos econômicos devido a
responsabilidades assumidas por se decidir em manter um local de reunião! O que
realmente falta é maturidade e comprometimento verdadeiro com Deus! São poucos
os maduros, e isso é culpa das diversas correntes teológicas erradas (ai se
encaixa a Teologia da prosperidade e outros), que ensinam a ganância, são frias
no amor para com o próximo, tendo o ventre como deus! Alguns vivem uma
pseudo-espiritualidade, buscando na igreja, um clube social, sem maiores
comprometimentos, não querem se envolver!
É com tristeza que digo, mais tenho testemunhado que a
grande maioria, e me atrevo a dizer 90% da igrejas que ensinam o dizimo, fazem
mal uso dele, seja com salários gordos demais aos pastores, seja com mordomia
exagerada, seja com coisas supérfluas etc…
A igreja Universal anda na margem que você citou, pois
muitas vezes exige o TUDO das pessoas em suas FOGUEIRAS INSANAS (SANTAS PARA
ELES). A nossa justiça é Jesus, logo não a pratica sistemática de qualquer
imposição da lei, porém não vivemos sem lei, mais debaixo da lei de Cristo! E
ESTANDO DEBAIXO DE LEI DE CRISTO, logo com certeza seremos levados a observar
os princípios contidos na palavra de Deus, o que inclui a assistência aos
pobres e pregadores do evangelho! Pode existir pecado em dar menos que 10%,
sim, porém não pela lei mais por não existir o amor que existe e impulsiona a
vida cristã, pois aquele que sabe que deve fazer e pode fazer algo e não faz,
estará sujeito a uma má consciência diante de Deus, porém friso ” ISTO É
PESSOAL”, POR EXEMPLO:
Tenho R$5.000 guardado no banco, e vejo meu irmão precisando
de ajuda econômica e não ajudo, estaria eu agindo corretamente???
1 João 3.17-21: Quem, pois, tiver bens no mundo e, vendo seu
irmão em necessidade, fechar-lhe o coração, como o amor de Deus pode permanecer
nele? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de boca, mas em ações e em verdade.
Nisto conheceremos que somos da verdade e tranquilizaremos nosso coração diante
dele; pois, se o coração nos condena, Deus é maior que nosso coração; ele
conhece todas as coisas. Amados, se o coração não nos condena, temos confiança
para com Deus;
Tiago também salienta esta situação:
Tiago 3.15-16: Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos
de roupa e necessitados do alimento cotidiano e qualquer dentre vós lhes disser:
Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para
o corpo, qual é o proveito disso?
REPITO NOVAMENTE, isto tudo implica em contribuição também
na questão da manutenção da pregação do evangelho, porém hoje existe muitos
abusos e busca por excessiva comodidade com regalias como equipamentos e
outros, que na verdade são supérfluos e só atrapalham o andamento do evangelho
simples e puro! Ou alguém aqui acha que Jesus iria fazer questão de igrejas
luxuosas, confortáveis, sendo que o recurso utilizado nestas coisas poderia ser
usado com mais sabedoria? Poderia ser usado para glorificar a Deus, pois aquele
que recebe o donativo agradece e glorifica a Deus, e pode com este testemunho
se chegar a Ele. Mais continuam a comprar equipamentos caríssimos, a fazer
shows e mais shows, a construir Templos “Salomônicos” e etc…
Voltando ao assunto do livro de Malaquias, o livro de
Malaquias é um puxão de orelha, principalmente ao sistema religioso
(sacerdotes) que estavam sendo infiéis a aliança realizada por Deus com a tribo
de Levi! Hoje podemos ser infiéis a Deus do mesmo jeito, porém por não obedecer
ao mandamento do amor!
Jesus ira cobrar aqueles que não visitaram os presos, os que
estavam com fome, com frio e etc… Ele não vai cobrar que não fomos fiéis a
instituição eclesiástica tal! Podemos sim ver um pastor fiel pregador do
evangelho passando fome e reter a ajuda, mais estaremos errando não contra a
lei mosaica e sim contra um principio natural daquele que diz ser de Cristo, e
que deve amar o próximo como a si mesmo, não por obrigação, mais por ser isto
natural ao nascido de novo em Deus!!!
Em Ezequiel 34.1-10 lemos:
Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem,
profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o
Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não
apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, vestis-vos da lã e
degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, a
doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a
trazer e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.
Assim, se espalharam, por não haver pastor, e se tornaram pasto para todas as
feras do campo. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por
todo elevado outeiro; as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a terra, sem
haver quem as procure ou quem as busque. Portanto, ó pastores, ouvi a palavra
do Senhor: Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, visto que as minhas
ovelhas foram entregues à rapina e se tornaram pasto para todas as feras do
campo, por não haver pastor, e que os meus pastores não procuram as minhas
ovelhas, pois se apascentam a si mesmos e não apascentam as minhas ovelhas,
portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Assim diz o Senhor Deus: Eis
que eu estou contra os pastores e deles demandarei as minhas ovelhas; porei
termo no seu pastoreio, e não se apascentarão mais a si mesmos; livrarei as
minhas ovelhas da sua boca, para que já não lhes sirvam de pasto.
NÃO VEMOS O MESMO QUADRO HOJE QUANTO A CONTRIBUIÇÃO NAS
IGREJAS???
PASTORES E SUAS MORDOMIAS (CARRÕES, MANSÕES E ETC…) MUITOS
NEM ESPERAM A LÃ CRESCER DIREITO E JÁ TOSQUIAM NOVAMENTE, AO INVÉS DE CUIDAREM
DELAS SÓ LHES TRATAM COMO CLIENTES!!! NA VERDADE SÃO LOBOS E NÃO PASTORES!!!
POR ISSO O CAMINHO DA VERDADE É DIFAMADO POR CAUSA DELES, E MUITAS OVELHAS SÃO
DISPERSAS E SE PERDEM PELO ESCÂNDALO QUE PRESENCIAM
Resumindo: A contribuição pode ser sacrifical, mais deve ser
espontânea, com motivações espirituais e não econômicas, pois Deus valoriza a
disposição daquele que oferta e não o valor ofertado, existira sim a recompensa
e Deus é galardoador, mais não ajudemos com vista a recompensa como meta
principal e sim em agradar a Deus pois nisto existe sim prazer transbordante!!!
MAS E SOBRE MATEUS 23:23?
Vejamos o que diz Mt 23.23: “Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes
negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e
a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!”
Esta passagem em Mateus é também repetida de uma forma
similar em Lucas 11.42. Em ambos os casos é importante notar que o dízimo tinha
a ver com ervas que serviam de condimentos e eram cultivadas no quintal (o
produto do campo), ao invés de ter a ver com dinheiro. Adicionalmente, Jesus
falou estas palavras aos fariseus, que eram muito religiosos e guardadores da
Lei, e o fez enquanto a Lei ainda estava em vigor. Dizer que, uma vez que Jesus
falou a estes fariseus que deviam dizimar, isto força que também nós devemos
dizimar, ignora o fato que aqueles fariseus viviam sob pacto e leis diferentes
daqueles de um salvo do Novo Testamento. Cristo, através da sua morte,
inaugurou a Nova Aliança, assim efetivando uma mudança na Lei (Lc 22:20; Hb
7:12).
Lucas 22:20: “Semelhantemente, tomou o cálice, depois da
ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado
por vós.”
Hebreus 7.12: “Porque, mudando-se o sacerdócio,
necessariamente se faz também mudança da lei.”
Finalmente, notemos que o dízimo aqui mencionado não foi
voluntário em nenhum sentido da palavra. Jesus lhes diz que “devieis” [tendes o
dever de] dizimar. [O dízimo] era mandamento, ordem para todos os judeus e,
assim, era obrigatório. Os acontecimentos dos quatros evangelhos e a vida de
Cristo estavam ainda no Velho Testamento. “E não omitir aquelas”, isto é, não
omitir o que estava na Lei de Moisés: dizimar os produtos agrícolas. Jesus não
poderia dar outro conselho; se desse, tornar-se-ia transgressor da lei.
O Novo testamento mostra os fariseus dizimando não sobre o
lucro ou dinheiro, mas sobre o que eles cultivavam (Lucas 18.12; Mateus 23.23),
mostrando que o dízimo era baseado na produção agrária. Os fariseus estavam sob
a Lei. Deveriam portanto dar o dízimo, guardar o sábado, praticar a circuncisão
e todos os rituais do V. T.
Vejamos o que Jesus cobrou dos fariseus:
Justiça – Dar a cada um o que lhe é devido. (É devido dar os
dízimos aos levitas, órfãos, viúvas e estrangeiros.)
Misericórdia – Sentimento de amor por quem não merece. Dar a
quem lhe ofende, não somente a quem ama.
Fé – Mas se alguém não tem cuidado dos seus, e
principalmente dos da sua família (pai, mãe, irmãos, avós, viúvas) negou a fé e
é pior do que o infiel. I Timóteo 5:8; Gálatas 6:10 ( por que falavam que
aquilo que seus pais poderiam aproveitar deles era Corbã, ou seja, oferta ao
Senhor).
Não omitir aquelas – Não omitir os dízimos de tudo (animais
e fruto da terra)
Vemos então, que Jesus repreendeu a hipocrisia dos fariseus,
pois se diziam guardadores fiéis da lei, mas não a guardavam como deviam. Logo,
Jesus falou de dízimo censurando a hipocrisia dos religiosos, e não para que
nós, os que vivem no período da graça, venhamos a dar dízimos. Isso contradiz
os verdadeiros roubadores de Deus.
Jesus, está falando para os fariseus daquela época, não para
a igreja, que até então, não havia sido totalmente formada com fundamentos da
graça, o ministério de Cristo não havia ainda sido consumado. (o véu do templo
não havia sido rasgado) , tanto que Jesus ordenou ao homem que era leproso para
apresentar-se ao sacerdote e fazer oferta pela purificação, conforme a Lei
(Lucas 5:14).
Desta Forma podemos entender varias passagens
*Lucas 1.15 Anjo Gabriel consagra João Batista ao nazireado
conforme Nm 6.3
*Lucas 2.21 Jesus é circuncidado segundo Levítico 12.3
*Lucas 2.22 Maria de purifica segundo estabelecido em
Levítico 12.4
*Lucas 2.23 os pais de Jesus oferecem sacrifícios prescrito
em Levítico 12.6-8
*Mateus 8.4 Jesus manda um leproso fazer o sacrifício
prescrito em Levítico 14
*Lucas 19.8 Zaqueu se submete duplamente a pena estabelecida
em êxodo 22.9
*Mateus 17.24 Jesus paga o imposto estabelecido em êxodo
30.11-16
*Mateus 26.17 Jesus e os discípulos cumprem o requerido em
êxodo 12.1-27
Entendemos então que a lei mosaica estava em vigor enquanto
vivia Jesus, como entender então Lucas 5.14? É necessário isto hoje?
Evidentemente que não!!! Por isso cuidado ao impor prescrições que foram dadas
ao antigo Israel.
Não devemos esquecer a profecia de Jeremias:
Jeremias 31.31-33: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que
firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a
aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar
da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os
haver desposado, diz o Senhor. 33 Porque esta é a aliança que firmarei com a
casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei
as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles
serão o meu povo.
Confirmada também em Hebreus:
Hebreus 8.6-10: “Agora, com efeito, obteve Jesus ministério
tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança
instituída com base em superiores promessas. Porque, se aquela primeira aliança
tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para
uma segunda. E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e
firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a
aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os
conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha
aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que
firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente
imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu
serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”
Consideremos então o seguinte, temos 2 alianças, então
quando a 2ª começou a vigorar?
Hebreus 9.16-17 nos mostra:
“Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a
morte do testador; pois um testamento só é confirmado no caso de mortos; visto
que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador. Pelo que nem
o primeiro pacto foi consagrado sem sangue.”
Hebreus 8.13: “Quando ele diz Nova, torna antiquada a
primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a
desaparecer.”
Podemos dizer que este versículo em Mateus inicia a Nova
Aliança, vejamos:
Mateus 27.50: “E Jesus, clamando outra vez com grande voz,
entregou o espírito.”
Nós cristãos membros comuns da igreja, estamos livres em
Cristo vivendo sob o novo concerto. A graça de Jesus nos libertou de velhos
dogmas. Os que adoram a Deus hoje o fazem em espírito e em verdade, cabe a cada
um contribuir de acordo com seu coração, com sua benção, daquilo que teve em
abundancia, para que possa ajudar o próximo carente, para não haver na congregação
o faminto e o necessitado. “Não com tristeza ou por necessidade, pois Deus ama
o que dá com alegria”. (II Cor. 9.7)
A autonomia de ditar regras e percentuais, baseadas em
manipulações tendenciosas de textos bíblicos fora do seu contexto original para
amealhar renda ou riqueza, é uma abominação. O homem de baixa renda que deveria
receber de acordo com suas necessidades, geralmente nas igrejas ele contribui
com dízimos e ofertas para salários que são muitas vezes maior que o seu. Os
“pastores” recebendo muito à custa do sacrifício do pobre é uma perversão das
escrituras.
Pare! Confira na Palavra e reflita sobre tudo o que foi
escrito aqui, não permaneça debaixo da lei, oferte com uma consciência liberta,
mesmo que preguem ou façam o contrário.
Olhai para Jesus como o padrão e exemplo do vosso
contribuir. Procurai a Deus diligentemente, sede generosos e prontos a
compartilhar, para que entesoureis para vós mesmos o tesouro de uma boa
fundação para o futuro, de modo que alcanceis aquela que é a verdadeira vida!
(1 Tim 6.18-19) [18 Que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa
mente, e sejam comunicáveis; 19 Que entesourem para si mesmos um bom fundamento
para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna].
Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei,
pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.(Gálatas 5.1)
A Verdade deve sempre prevalecer, o Espírito nos Guiará a
Toda a Verdade, como disse o apóstolo Paulo:
“Tornei-me acaso vosso inimigo, porque vos disse a verdade?”
(Gálatas 4.16)
MAS O DÍZIMO É UMA ORDEM DE DEUS, E JESUS FALOU PARA
ENTREGAR A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR E A DEUS O QUE É DE DEUS. QUANDO DIZIMAMOS,
DEVOLVEMOS A DEUS 10% DO QUE É DELE E É APENAS ISSO QUE ELE NOS PEDE....
O dízimo foi uma ordem de Deus aos Israelitas na Velha
Aliança, se você leu o que escrevi por completo, veja que o que prego passa em
muito os 10% por cento, ou seja, devemos nos guardar da avareza, porem
contribuindo por amor e gratidão a Deus sem medo de Maldições.
Quando você fala que lê a palavra de Deus e obedece guiado
pelo Espirito, por que você então não obedece as 613 leis contidas no Velho
Testamento, e só escolhe o Dízimo? Só 10%??? Esse é o problema, pega-se uma lei
do VT é exige que seja obedecida no NT, sendo que em nenhum momento Jesus
deixou este mandamento aos Apóstolos!
Quanto ao dai a Deus o que é de Deus e a César o que é de
César, tenho a dizer o seguinte:
O dízimo obrigatório num sistema agrário (terra), e pecuária
(animais), teve inicio com o princípio da organização do governo do estado
teocrático judaico através da Lei de Moisés, do sacerdócio levítico e do
primeiro templo judaico, a tenda do encontro, nesta mesma ocasião e tempo se
consagravam, os campos, animais e pessoas a Deus, não sabemos o que os
sacerdotes faziam com tanto mantimento, eles (o povo) deviam repartir
democraticamente àqueles menos favorecidos. Era um programa social do regime
teocrático primordial de um povo (judeu).
Devemos então entender e fazer uma importante distinção de
que numa teocracia a “igreja” é o governo, sendo assim as responsabilidades de
governo lhes são transferidas Hoje a
igreja já não explora a terra, não responde a vários serviços como: Sistema
judicial, legislativo, governamental, não dirigem as forças armadas e policial,
não cuida dos impostos, da distribuição dos recursos públicos, dos serviços de
saúde, do bem estar social, das aposentadorias e outras responsabilidades
governamentais, ou seja, o governo teocrático da “igreja” estado judaico fazia
dentro dos seus padrões tudo isso e muito mais, sob a lei, hoje não vivemos
mais numa sociedade teocrática, a lei cerimonial já não é usada.
Nem todos os levitas eram sacerdotes. Alguns eram:
Trabalhadores da Área de Saúde (Lev 13.2; 14.2;), professores (Deut. 24.8;
33.10; II Cron 35.3; Neem. 8.7), juízes (Deut 17.8-9; 21:5; I Cron 23.4; II
Cron 19.8), cantores e músicos (I Cron 25.1-31; II Cron 5.12; 34.12),
escritores e porteiros ( II Cron 34.13), arquitetos e Construtores (II Cron
34.8-13).
Hoje tal sistema já não existe, daí por que muitos judeus já
não dizimam, hoje o governo é “proprietário” da terra e explora através de
impostos e taxas, enfim todos pagam esse “dízimo” , as vezes até múltiplos
dízimos, direta ou indiretamente ao governo. Quando o povo de Israel pediu um
rei, o profeta Samuel advertiu o povo no sentido de que se este abandonasse a
forma de governo teocrático, os dízimos seriam cobrados do povo, levando-o a
protestar em razão das diversas exigências governamentais que lhes seriam impostas
pelo governo monárquico (veja I Samuel
8.2-22). Observe que Deus avisa ao povo de Israel, através do profeta Samuel,
que a escolha de mudar o sistema de governo para monarquia, levaria o novo rei
a cobrar o dízimo sobre o rebanho como faziam os reis pagãos.
O texto apresenta o assunto do dízimo num contexto
pejorativo junto com outras práticas condenáveis: Verso 13: “ E tomará as
vossas filhas” . Verso 14: “E tomará o melhor das vossas terras, e das vossas
vinhas, e dos vossos olivais, e os dará aos seus servos.” Verso 15: “As vossas
sementes e as vossas vinhas dizimará, para dar aos seus oficiais e aos seus
servos.” Verso 17: “Dizimará o vosso rebanho(…). Enfim, aqui Deus esta avisando
e de certo modo condenando o ato de coerção que lhes seriam impostos com a
instituições e cobranças de dízimos seculares, tudo por que o povo de Israel
desprezando o Senhor, pediu-lhe um rei, o qual foi concedido, Saul.
I Samuel 8.13-18: “E tomará as vossas filhas para
perfumistas, cozinheiras, e padeiras. E tomará o melhor das vossas terras, e
das vossas vinhas, e dos vossos olivais, e os dará aos seus servos. E as vossas
sementes, e as vossas vinhas dizimará para dar aos seus oficiais, e aos seus
servos. Também os vossos servos, e as vossas servas, e os vossos melhores
moços, e os vossos jumentos tomará, e os empregará no seu trabalho. Dizimará o
vosso rebanho, e vós lhe servireis de servos. Então naquele dia clamareis por
causa do vosso rei, que vós houverdes escolhido; mas o SENHOR não os ouvirá
naquele dia.”
Este dízimo era recolhido do povo para sustento dos que
trabalhavam no palácio do rei, ou seja, os funcionários públicos. Vale
salientar que este dízimo não foi instituído pelo Senhor e, sim, pelos homens.
A história está repleta de exemplos de excessivas exigências governamentais e a
maioria já é “triplamente dizimada” em seus impostos pelas funções do governo,
que teriam sido antes manuseadas pela “igreja”, numa teocracia.
Alguns costumam usar as palavras de Jesus em Mateus 22.21 e
Marcos 12.17 para justificar o dízimo: “Dai pois a César o que é de César, e a
Deus o que é de Deus”.
Contudo essa é tão somente uma prática comercial no sentido
de empurrar o dízimo para dentro da bandeja de ofertas, ao mesmo tempo em que
aconselham o pagamento de impostos ao governo.
Os pastores de uma conhecida “igreja neo” no Brasil bradam
em alta voz: “Antes de dar a César, deem a Deus, porque César é o grande
inimigo de Deus, e Deus é o melhor amigo de vocês!” Outro pastor (batista)
gritava a plenos pulmões que, antes dos membros de sua igreja pagarem os
serviços de energia elétrica e água, deveriam entregar o dízimo, mesmo que não
sobrasse dinheiro para esse fim. Isso quer dizer que os membros poderiam ficar
sem água e energia elétrica em suas residências, a fim de que o pastor pudesse
trocar de carro!
Durante sua vida pública, Jesus foi testado diversas vezes
por aqueles que duvidaram de sua sabedoria e divindade. Assim, certa vez os
fariseus lhe perguntaram se era lícito pagar o imposto a Roma, já que este
pagamento era causa de revolta do povo explorado pelos cobradores e pelo alto
custo dos impostos. O objetivo era forçar Jesus a tomar uma das posições:
apoiar o imposto e, assim, perder grande apoio popular ou rejeitá-lo e ser
acusado de traição. Jesus toma, então, uma moeda cunhada com a inscrição e a
face de Cesar e pergunta de quem é a face na moeda, ao que lhes respondem: De
César Então Jesus responde “Dai a Cesar
o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22, 21). Jesus com esta resposta
sábia não aboliu com as leis dos homens, nem incitou o povo a revolta.
Foi uma resposta que os silenciou por completo, e que sobre
esta questão tão controvertida forneceu a informação necessária para todos os
tempos. O povo de Deus, acima de tudo, devia dar a Deus a honra e a obediência devidas.
Em tudo o que diz respeito a Palavra de Deus, o próprio culto, a fé e
consciência, tão somente obedecemos a Deus e não consideramos as objeções das
pessoas. Mas em coisas meramente temporais e terrenas, que se relacionam a
dinheiro, posses, corpo e vida, obedecemos ao governo do país em que vivemos.
Mesmo que não fossem dignos, ainda assim o Senhor lhes ensinou o caminho certo.
Dai a César o que é de César, isto é: a moeda, o dinheiro é
de César, do Império, da economia… Então, de Deus é o que? Simplesmente tudo.
Tudo é de Deus: todo e cada ser humano e até o Universo inteiro, somos a imagem
e semelhança dele, logo assim como na moeda estava a imagem de César, podemos
dizer que temos em nós a sua imagem. Deus não precisa do nosso dinheiro, ele é
dono do ouro e da prata, como podem então dizer que o “e a Deus o que é de
Deus” como sendo o dízimo ou oferta? Este versículo faz referência ao dízimo?
Absurdo!
O que Jesus quer nos ensinar então? Cristo não se colocou
como juiz em matérias desta natureza, porque seu reino não é deste mundo,
depois de refletirmos sobre a autoridade suprema de Deus, a autoridade na
família e a autoridade na Igreja, com base em Romanos 13.1-7, aprendemos que
devemos dar aos magistrados civis tudo o que lhes é devido, contanto que não
interfiram no que pertence a Deus, ou seja, quando não há conflito entre as
exigências do governo humano e a lei de Deus, podemos então obedecer a força
secular.
Exemplo: Como seria, se eles nos quisessem tirar o
evangelho, ou proibir sua proclamação? Então te cabe dizer: Não te entregarei o
evangelho e a Palavra de Deus, e não tens poder nenhum sobre isto; pois teu
governo é um governo temporal sobre bens terrenos, o evangelho, porém, é uma
posse celeste; por isso o teu poder não se estende sobre o evangelho e a
Palavra de Deus. Esse não devemos entregar, visto que é o poder de Deus,
Rm.1.16; I.Co.1.18, contra o qual nem mesmo as portas do inferno prevalecerão,
Mt.16.18. Por isso o Senhor, habilmente, condensa estes dois pontos, e, num só
versículo, os separa um do outro, e diz: ‘Daí, pois, a César o que é de César,
e a Deus o que é de Deus’. Pertence a Deus a sua honra, que eu nele creia como
sendo o Deus verdadeiro, todo-poderoso e sábio, e confesse que ele é o autor de
todas as coisas boas. Mesmo, porém, que não lhe dê esta honra, ele a detém. O
fato que tu o honrares, não a aumenta nem diminui.
“Martinho Lutero interpretou o sermão do monte à luz da
fórmula de Jesus “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Os
cristãos mantêm uma cidadania dupla, ele disse: uma no reino de Cristo e outra
no reino do mundo. O extremismo do sermão do monte se aplica absolutamente ao
reino de Cristo, não ao do mundo. Considere os mandamentos “Amar os inimigos” e
“Não resistir a uma pessoa má”; naturalmente não se aplicam ao estado! A fim de
evitar a anarquia, o governo deve resistir e repelir os inimigos.”
Portanto o que Mateus 22.21 descreve nada tem a ver com
dízimo!
João 4.1: “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai
se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado
no mundo”
Gálatas 5:1: “ESTAI, pois, firmes na liberdade com que
Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão”.
Gálatas 5.14: “Porque toda a lei se cumpre numa só palavra,
nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”
O DÍZIMO VEM ANTES DA LEI. ABRAÃO DIZIMOU.
Sobre o dízimo ser antes da lei, sendo assim devemos
pratica-lo??? Será mesmo que é assim???
Claramente que NÃO, me acompanhem abaixo se tiverem
paciência.
O dizimo esta acima da Lei??? Há duas ocasiões em que o
dízimo é mencionado antes de se tornar lei no Velho Testamento. A primeira é
referida no episódio da matança dos reis por Abraão e seus trezentos e dezoito
empregados. Abraão resolve dar o dízimo dos despojos de guerra a Melquisedeque,
depois de receber deste, pão e vinho, um tipo de comemoração pela vitória
bélica. Um exemplo reacionário muito pobre para ser aplicado no verdadeiro
cristianismo, que nos dá a seguinte orientação:
Mateus 5.43-44:“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo,
e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei
os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos
maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos
céus.”
Primeiro foram bens que não eram de Abraão, mas originários
do sangue daqueles reis mortos. Não se sabe se Abraão deu, pelo menos mais um
dízimo em sua vida, pois não se menciona em nenhum lugar na bíblia, novamente
esse seu gesto. Quem quiser seguir a Abraão, que dê o dízimo uma vez na vida;
se der dois, será por sua conta e risco.
Como não sabemos quase nada sobre Melquisedeque, rei de
Jebus salém, não se sabe se ele, costumeiramente recebia dízimos dos jebuseus,
(descendentes de Jebus, filho de Canaã, que parece ser o seu povo), não podemos
dizer se o dizimo era costume entre os canaanitas ou entre os semitas antes da
lei mosaica. Possivelmente era.
A outra ocasião isolada é quando aparece Jacó, na sua visão
de anjos, em que promete a Deus o dízimo do que conseguisse naquela viagem e se
voltasse em paz de seu retorno. Gn 28.22: “E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus
for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e
vestes para vestir; E eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por
Deus; E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo
quanto me deres, certamente te darei o dízimo”. Este é um dizimo impositivo, um
voto de pagamento, ou uma “gratificação” a Deus por um suposto sucesso, o que
aconteceu. Mas segundo Deuteronômio 10.17-18, Ele (Deus) não aceita recompensa!
Algumas igrejas hoje não defendem o dízimo pela lei de
Moisés mas o fazem pelo seguinte motivo: Gen.14.20 Abraão deu o dizimo antes da
lei então o dizimo é antes da lei e obrigatório!
Será? Tornemos outras passagens para testar a validade desta
argumentação.
Gen 17.10:14: “Esta é a minha aliança, que guardareis entre
mim e vós e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado.
Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de aliança entre
mim e vós. O que tem oito dias será circuncidado entre vós, todo macho nas
vossas gerações, tanto o escravo nascido em casa como o comprado a qualquer
estrangeiro, que não for da tua estirpe. Com efeito, será circuncidado o
nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro; a minha aliança estará na
vossa carne e será aliança perpétua. O incircunciso, que não for circuncidado
na carne do prepúcio, essa vida será eliminada do seu povo; quebrou a minha
aliança.”
Genesis 17.23-27: “Tomou, pois, Abraão a seu filho Ismael, e
a todos os escravos nascidos em sua casa, e a todos os comprados por seu
dinheiro, todo macho dentre os de sua casa, e lhes circuncidou a carne do
prepúcio de cada um, naquele mesmo dia, como Deus lhe ordenara. Tinha Abraão
noventa e nove anos de idade, quando foi circuncidado na carne do seu prepúcio.
Ismael, seu filho, era de treze anos, quando foi circuncidado na carne do seu
prepúcio. Abraão e seu filho, Ismael, foram circuncidados no mesmo dia. E também
foram circuncidados todos os homens de sua casa, tanto os escravos nascidos
nela como os comprados por dinheiro ao estrangeiro.”
Logo podemos argumentar: Abraão circuncidou-se antes da lei
ser estabelecida, logo a circuncisão é antes da lei, portanto a mesma perdura
apos o fim da lei. Temos então que este argumento é procedente para validar o
dizimo e para praticar o circuncisão.
A norma de interpretação afirma que um texto descritivo pode
ilustrar uma doutrina, porem é frequente cair neste erro, grupos sectarista
usam por exemplo o lavar os pés uns dos outros (Jo.13.14) que a ceia deve ser
realizada com pães asmos (Mt26.17:19 / Ex12.1:27) porem esquecem que Jesus usou
também vinho e nao suco de uva que a maioria das igrejas usa atualmente.
Por esses dois patriarcas, podemos dizer que: Abraão deu o
dízimo de tudo o que não lhe pertencia; e Jacó prometeu dízimos, frutos de suas
imposições e condições de uma futura aventura. Não havia ainda uma regra para
se conceituar, como sendo dízimo, era muito relativo, e muito nebuloso.
É importante que o se perceba que essa determinação tanto de
Abraão quanto de Jacó de dar o dízimo, foi uma decisão muito pessoal deles, que
não a encontramos em Isaque filho de Abraão e pai de Jacó ,nem em nenhum dos
doze patriarcas filhos de Jacó, pois foi algo que surgiu deles, todos os
cristãos serão obrigados a agir da mesma forma?
É indiscutível que o patriarca Abraão nos deixou um grande
exemplo. Fé, altruísmo, companheirismo com Deus. Porém, devemos realmente viver
como tal qual ele viveu? Agir como ele agiu em todas as situações? Seria
correto, por exemplo, imitar-lhe o exemplo poligâmico? (Gênesis 16:2 e 26:6)
Abraão era um escravagista nato (Gen.17:23, 27). Algum cristão sincero
defenderia hoje a escravidão em nome de Abraão?
Abraão era um grande latifundiário. (Gênesis 13:10, 14 e
15). Centenas (Gênesis 14:14) de “sem-terra” escravos trabalhavam para o
fazendeiro Abraão, que além de muitas terras, possuía muito gado, muito ouro e
muita prata (Gênesis 13:2). Que tal este exemplo para nossos dias? É justa toda
esta concentração de riqueza? Que péssima distribuição de renda na “Nação
Abraão”, não? Uma enorme injustiça social! Deve este modelo ser copiado hoje?
Segundo Abraão, basta dar o dízimo UMA VEZ e está o caso
resolvido para a vida inteira! … Abraão não deu o dizimo à igreja! Não deu o
dízimo em “cash”, nem do que tinha antes, apenas dos despojos da guerra. Você,
por acaso, já foi a alguma guerra aqui no Brasil, em favor de um parente, como
era o sobrinho de Abraão? Ele era tão rico que não tinha mais lugar para tanto
gado, ouro e prata, podendo, desse modo, dispensar os despojos de guerra, com a
maior generosidade!
Todos os exemplos aqui citados são dignos de imitação hoje?
Claro que não. Isto nos leva a concluir que certos costumes, tradições e
procedimentos só têm lugar em épocas remotas e não são aplicáveis a nós hoje
cristãos do Século XXI.
Observemos atentamente o contexto histórico:
O texto bíblico diz que Abraão deu o dízimo de tudo. Não do
seu patrimônio, mas dos despojos recuperados na guerra. (Ver Hebreus 7:4).
Ninguém pode afirmar que Abraão vivia sob alguma forma de lei que o obrigava a
ser um dizimista. Nem tão pouco pode afirmar que Deus exigia dele, sob
mandamento, dez por cento de sua renda. O dízimo na era patriarcal não era
obrigatório. Muito menos sistemático. A sazonalidade do dízimo estava ligada a
fatos especiais que traziam mudanças de rendas. Destas receitas extras dava-se
o dízimo.
Abraão DEU o dízimo. A obrigatoriedade dizimista só
começaria a existir na era levítica. Quem usa o exemplo de Abraão como fiel
dizimista, não está atento a vários detalhes:
a) Abraão deu o dízimo do excedente que ele tinha
conquistado na guerra. (Hebreus 7:4).
b) Muitas das posses que ele recuperou pertenciam a Ló
(Gênesis 14:16).
c) A maior parte dos despojos pertencia aos reis de Sodoma e
Gomorra (Gênesis 14:11)
d) Nada pertencia a Abraão, que se recusou a tomar qualquer
coisa para si. (Versos 21-24)
e) A lei dos dízimos (Levíticos 27:30-31) exigia dízimos em
forma de coisas produzidas pela terra: grãos, gado. Em nenhuma parte fala para
dizimar despojos de guerra.
f) Após a guerra, Abraão ficou com o mesmo “patrimônio” que
possuía antes. Não houve acréscimo de renda. (Gênesis 14:24). Portanto ele deu
o dízimo perfazendo um caminho inverso da orientação teológica apresentada em
nossos dias, que manda dizimar rendas, ganhos e lucros.
g) Os despojos de guerra incluíam serem humanos, escravos
capturados do exército inimigo. Deveriam as nações hoje “dizimar” os
prisioneiros de guerra?
h) Para que o dízimo de Abraão tenha o mesmo significado dos
dízimos cobrados hoje pelas igrejas cristãs, ele teria que ter ficado com os
outros 90%. Que dizimista é este que dá 10% para o Sumo Sacerdote e os outros
90% para um rei pagão, descontando apenas o custo operacional da guerra?
i) Jesus nunca recebeu dízimos. Se Melquisedeque simbolizava
a Cristo, por que não encontramos relatos de pessoas dando dízimos a Jesus
durante seu ministério aqui na Terra? Não é Ele o Sumo Sacerdote da Ordem de
Melquisedeque? Como ousam os líderes religiosos hoje exigir dízimos aos seus
fiéis na qualidade de sacerdotes sucessores de Melquisedeque, se o nosso Sumo
Sacerdote não fazia assim?
j) Abraão tomava animais, cortava em pedaços quando fazia um
concerto com Deus. Por que os líderes hoje não mandam seus fiéis repetirem
também estes rituais em suas igrejas, já que o exemplo de Abraão deve ser
seguido em nossos dias?
Assim, podemos afirmar que Abraão deu o dízimo a
Melquisedeque sem estar obedecendo alguma lei que o obrigasse a fazê-lo. É mais
fácil afirmar que ele estava seguindo uma tradição de sua época. Costumes
religiosos da cultura de seus dias. Ele deu o dízimo sobre valores de coisas
roubadas. Coisas roubadas, recuperadas e devolvidas aos seus legítimos donos
(Gênesis 14:21-23). Deu também o dízimo sobre o salário alheio. Sobre a parte
que se referia ao pagamento dos homens que foram com ele para a guerra. Os
trezentos e dezoito valentes e seus amigos Aner, Escol e Manre. (Gênesis
14:24).
Aqueles que buscam em Abraão um exemplo de fiel dizimista
deveriam explicar sua prática de dar o dízimo. Explicar o “pagamento” de um
dízimo feito a um sumo-sacerdote “gentio”. Quem eram seus sacerdotes? Como era
composto seu clero? Será que o evangelho foi pregado primeiramente aos
Jebuseus, em contraste ao que é afirmado em Gálatas 3:8: “Ora, tendo a
Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou
primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Em ti serão benditas todas as nações”.
Para Abraão o princípio de dar dízimos não lhe era estranho.
Tabletes cuneiformes comprovam esta prática entre os povos da Mesopotâmia. Os
caldeus e os babilônicos sustentavam seus templos, seus deuses com dízimos.
Concluímos então que Abraão não é um exemplo de dizimista para nossos dias. Em
nenhuma parte da Bíblia ele é apresentado como um dizimista sistemático,
regular. Suas práticas de dízimos em nada se parecem com as requeridas hoje em
dia pelos pastores e líderes cristãos. Abraão dizimou justamente riquezas que
não lhe pertenciam. Riquezas que ele devolveu (90%) aos seus legítimos donos.
Abraão estava seguindo um costume de sua época. Costume dos povos da
Antiguidade.
Abraão deu seu dízimo a um sacerdote-rei cultuado pelos
fenícios e cananeus. Embora a identidade e o significado de Melquisedeque não
seja assunto bem claro, ele era dos Jebuseus. Mas, Melquisedeque representava a
Cristo. E ele abençoou Abraão e sua prática dizimista. Se Deus abençoou o
sistema de dízimo de Abraão, como alguém ousaria mudar todo o contexto e fazer
aplicações distorcidas para sustentar uma teologia moderna de espoliação a
crentes sinceros. Pessoas simples que são induzidas a dar dez por cento de suas
rendas a líderes religiosos completamente desassemelhados a Melquisedeque, o
sacerdote do Deus Altíssimo. O recebedor e abençoador do dízimo especial de
Abraão?
Devemos copiar rituais??? Em nenhum lugar a Bíblia ordena
que os cristãos do século XXI devem copiar ou imitar votos da era patriarcal.
Jacó resolveu fazer um voto a Deus e prometeu-lhe pagar dízimos. E daí? Devemos
todos nós hoje fazer o mesmo? Que tal então, começarmos a procurar uma pedra,
pô-la como coluna e declarar que ali é a casa de Deus. (Gen 28:29). Ou prometer
sacrificar nossas filhas em holocausto ao Senhor como fez Jefté. (Juízes
11:30-40). Ou deixar um de nossos filhos sem cortar o cabelo para sempre, como
fizeram os pais de Sansão (Juízes 13:3-5). Ou entregar nossos filhinhos menores
de três anos à igreja para ali morarem pelo resto de suas vidas, como fizeram
Ana e Elcana, pais de Samuel.(I Samuel 1:10-11)
Podemos concluir que os dois exemplos do dízimo antes da lei
(em Gênesis) foram eventos únicos, voluntários e envolvendo mais do que
dinheiro. O exemplo de Abraão foi do dízimo entregue uma vez apenas, dos
despojos de uma guerra, nada existe na Escritura dizendo que Abraão tenha dado
o dízimo de sua renda ou riqueza, em tempo algum, Abraão recebeu uma bênção e
em seguida deu o dízimo, aparentemente fora de um hábito social, sem qualquer
mandamento divino para fazê-lo. (Gênesis 14 e Hebreu 7:1).
O dízimo na lei era obrigatório, enquanto as escrituras que
mencionam o dízimo ANTES DA LEI dizem que este era DADO. Lembrem-se que Abraão
não poderia reter os despojos de guerra e recusou-se a fazê-lo. Sua única
motivação para essa guerra foi salvar o sobrinho. Isso não faz muito mais
sentido bíblico do que tentar torcer a Escritura, a fim de fazer parecer que
Melquisedeque quis ensinar a obrigatoriedade do dízimo, especialmente em vista
dos demais assuntos discutidos neste documento? Não há nenhuma evidência neste
texto de que dizimar foi ordenado por Deus. De fato, tudo no texto nos leva a
crer que dar o dízimo foi, completamente, uma decisão e livre escolha de Abraão.
Como tal, foi completamente voluntária, o dízimo, na Lei, de modo algum era
voluntário, mas sim obrigatório a todo o povo de Deus.
Certamente Abraão e Jacó são homens que inspiraram vidas. Os
conteúdos de suas histórias ainda nos são oferecidos como exemplos hoje. Mas,
devemos fazer tudo o que eles fizeram? Devemos viver exatamente como eles
viveram? Podemos definitivamente concluir que não, pois, os dois únicos
exemplos de dízimos antes da lei, em Gênesis, foram voluntários, não rotineiros
e baseados no lucro.
Não temos textos para provar o dízimo na Nova aliança, o
texto sobre Abraão dando dízimo a Melquisedeque não foi escrito com este
propósito isso é claro a um sensato estudante da Bíblia, como devo dizimar na
Nova aliança? Qual o produto que a lei autoriza a ser dizimado, aonde encontro
tal texto para que possa provar, será que posso usar os textos da Antiga
aliança para formar esta regra, dizimando assim produtos agropecuários, ou será
que dizimarei despojos de guerra baseando assim esta doutrina em um único
texto???
O texto em Hebreus sobre Abraão dando dízimos a
Melquisedeque foi escrito para mostrar a superioridade do Sacerdócio de Cristo,
de maneira nenhuma está ensinando a continuidade da lei do dízimo na
dispensação da graça e sim explicando aos Judeus que devido a isso (Abraão ter
dado dizimo a Melquisedeque) os levitas deram dízimo ao sacerdócio maior que o
deles, fazendo-os assim reconhecer Jesus como o Messias. Este é o objetivo e
não outro.
A primeira aliança tinha ordenanças para o culto e um
santuário terreno, e uma destas ordenanças ligadas fortemente ao santuário
terreno era o dízimo, por isso o autor aos Hebreus fez uso do dízimo para
clarear a mente dos seus ouvintes, pois sem o dízimo o culto ficava
impossibilitado, pois faltava mantimento na santuário terrestre, o livro de
Malaquias é um puxão de orelhas, principalmente aos sacerdotes, terminando com
uma advertência final para que a lei de Moisés fosse lembrada e cumprida,
incluindo todos os estatutos e normas que ele tinha dado no monte Horebe para
todo o Israel, do contrario as punições encontradas no Livro de Deuteronômio
Cap. 28. verso 15 em diante são bem claras, e uma delas é que o Senhor daria pó
a terra em lugar de chuva(v.24) e outra que o gafanhoto devoraria (aí esta o verdadeiro
devorador) o fruto da terra (vs.39 e 42). Vemos a promessa de Deut. 28.12
reafirmada em Malaquias 3.10, pois as janelas do céu serão abertas (chuvas),
tudo isso se cumprissem TODOS os estatutos e normas da lei entregue a Moisés no
monte Horebe! Enfim, Jesus é mediador de uma aliança melhor, firmada sobre
melhores promessas.
Bem recomendou o Apostolo Paulo, não devemos ir além do que
está escrito, (1Cor. 4.6), tirando ou acrescentando alguma coisa a Bíblia,
infelizmente este é um dos problemas mais sérios a ser enfrentados pela igreja
contemporânea, pois os neo-ortodoxos e principalmente os do movimento
carismático(ou neo-montanismo) e do movimento da Fé, negligenciam o estudo
diligente da palavra , trocando-o por revelações novas e extras-bíblicas,
alegorizando ou espiritualizando textos, aonde isto não é exigido, procurando
assim provar o seu ponto de vista a qualquer preço.
Deus designou apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e
mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos Santos para a obra do ministério
e para edificação do corpo de Cristo! Com certeza ensinar é uma enorme
responsabilidade, exige pessoas comprometidas e dedicadas com a verdade, nada
mais do que a verdade, como bem recomendou Paulo a Timóteo em 1Tim.4.16: Tem
cuidado de ti mesmo e do teu ensino.
Que queres que eu te faça? Mc 10:48
Na antiguidade, Jericó era uma cidade da orla oriental de
Gor, à distancia de 10 quilômetros do rio Jordão. Foi a primeira cidade
conquistada pelos israelitas sob o comando de Josué. Achava-se protegida por
muralhas e portas de grande resistência (Js 2.5 e Nm 22:1). Foi em Jericó
estabelecida uma escola de profetas, sendo visitada por Elias e Eliseu (2Rs
2.4-18). Atualmente, Jericó é um montículo de três hectares chamado de Tell
es-Sultão, localizado ao lado de abundante manancial conhecido como Fonte de
Eliseu.
Jesus e os discípulos passavam por Jericó, quando de
repente, ouvem o clamor: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!”. Era o
cego mendigo, que perspicazmente toma conhecimento do que acontece na cidade,
naquele dia, hora e local. Seu nome? Bartimeu. Filho de Timeu. Em aramaico:
Bar-teymah, "filho da pobreza". Eis um homem estigmatizado pela
miséria, preconceito e toda sorte de infortúnios. Certamente, cresceu ouvindo
as histórias sobre Jericó: De como Deus levou os israelitas a conquistá-la, das
maravilhas operadas pelo Senhor dos Exércitos através das vidas de Elias e
Eliseu.
O grito de Bartimeu era convicto, fervoroso, ele tinha
conhecimento do Messias e acreditava ser aquela, uma grande oportunidade de
mudança. A única, a maior oportunidade da vida! De modo, que não vacilou na
investida por sensibilizar Jesus: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de
mim!”. A resposta do mundo a seu apelo é o impedimento: “E muitos o
repreendiam, para que se calasse, mas ele cada vez gritava mais” Mc 10:48. A
resposta de Jesus, é voltar-se para o cego e perguntar: “Que queres que eu te
faça?” .
A Capa e O Jovem Rico
Pouco antes de encontrar Bartimeu, Jesus e os discípulos
haviam conversado com um jovem muito rico, “dono de muitas propriedades” Mc
10:22 e que dizia cumprir fielmente os
10 mandamentos. Convidado a renunciar a riqueza material e seguir Jesus,
“retira-se de Sua presença: Triste e contrariado.”
Bartimeu era tão pobre que seu bem mais valioso era sua
capa. Com ela, ele se protegia do sol, da chuva, escondia o rosto por vergonha,
medo e desprezo. Uma capa velha e suja que também estendia ao chão para
atirarem sobre ela as ofertas. A capa de Bartimeu, ao mesmo tempo que era
representação de pobreza, também era sua riqueza.
“Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram então, o cego,
dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, Ele te chama. Lançando de si a capa,
levantou-se de um salto e foi ter com Jesus” Mc 9:49,50.
Filho de Timeu
Sem identidade. O cego mendigo não tinha identidade. Todos o
conheciam como: “Bartimeu ou filho de Timeu, filho da pobreza”. Não sabemos se
o nome era de batismo ou herança social, o certo é que representava um estado,
uma condição imposta, pela própria família ou sociedade. Uma sociedade, que
acreditava ser impossível a transformação, a passagem de um estado de derrota,
para a vitória.
O cálice e a humildade
É também em Jericó, a caminho do encontro com Bartimeu que
Jesus ensina aos discípulos: “Quem quiser ser o primeiro entre vós será servo
de todos. Pois o próprio Filho do homem, não veio para ser servido, mas para
servir e dar a sua vida em resgate de muitos” Mc 10:44-45
É incrível como todo o capítulo 10 de Marcos está
organizado: temos Jesus e os discípulos em Jericó, encontrando um jovem rico
que renuncia a Salvação por amor aos bens. Os filhos de Zebedeu pedindo para
assentar-se a direita e esquerda de Jesus na glória dos céus e o cego mendigo
que em toda sorte de limitação, se mostra maior e mais digno de receber o Reino
no coração do que todos os outros que são descritos em Jericó.
Lições em Jericó
“Então disse Jesus: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente
tornou a ver e seguia a Jesus estrada afora” Mc 10:52
Bartimeu que vivia “à beira do caminho” Mc 10:46 agora
passaria a ser discípulo de Jesus, estrada afora. Seu caminho já não era de
morte, mas de vida. Enxergando, de novas vestes, aparência, renovado em ânimo e
modo de falar, Bartimeu ganhara fama nacional! Ele nos ensina a não desperdiçar
oportunidades, não se calar diante dos obstáculos, mas insistir, persistir na
vitória. Aprendo com Bartimeu que é importante identificar o momento oportuno e
investir na ocasião.
Ao largar sua capa e levantar-se em direção a Jesus, ele nos
ensina o desprendimento ao mundo, tradições, imposições sociais. Ensina que
fazer escolhas corretas implica em ter fé e arrepender-se. O jovem rico, perdeu
a grande oportunidade de sua vida! E era considerado por todos, como homem
influente e importante. Porém, o Reino de Deus, não considera aparência, mas
essência. Interior e não exterior.
A história do cego de Jericó, nos ensina que existe sim
possibilidade de mudança para toda e qualquer pessoa, nada é impossível para
Deus. Ensina, o valor de um clamor, a necessidade da oração. Também, a
simplicidade da fé. A oração feita por ele foi curta, mas tão intensa que
alcançou o coração de Jesus. O encontro de Jesus com Bartimeu, ensina, entre
tantas coisas, que milagres acontecem todos os dias, em lugares comuns. Aquele,
parecia ser um dia como outro qualquer, até que: Jesus aparece! Quanta
diferença entre: um dia sem Jesus e um dia com Ele!
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